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Estamos AQUI. E A REVISTA ESTÁ NAS BANCAS, DIA 29. |
Fundado por Paulo Pinto Mascarenhas
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DOMINGO, 9 Ouvir o programa Descubra as Diferenças em 90, 4 FM, uma parceria entre a Rádio Europa e a Revista Atlântico, desta vez com a presença de Rui Ramos , Luciano Amaral, PPM e com a (i)moderação de Antonieta Lopes da Costa, a directora da Rádio (11h e 19h). SEGUNDA, 10 Assistir ao primeiro debate organizado pela revista Atlântico em conjunto com o Centro de História Contemporânea e Relacões Internacionais e a Editora Edeline. A propósito do livro "A Ascensão ao poder de Cavaco Silva 1979-1985", de Adelino Cunha. Com moderação do jornalista José Eduardo Fialho Gouveia, a sessão tem como convidados os historiadores Rui Ramos e António Costa Pinto. Pelas 18 horas em ponto na FNAC do Chiado. TERÇA, 11 Começar a ler o blogue da Atlântico, nos intervalos da revista. E esperar por novas iniciativas, que não tardarão. [O Acidental] |
Sem jeito para lamachices, ou para análises, deixo-vos aquela que é a minha maior preocupação no momento em que a casa fecha a porta: que raio vou eu fazer na segunda-feira? Obrigado Paulo por teres feito tudo isto acontecer. Obrigado a todos que estiveram aqui, deste lado e desse lado. O prazer, esse, foi todo meu. [Rodrigo Moita de Deus] |
Depois de dois extraordinários anos na blogosfera, temos a honra de comunicar aos leitores deste blogue (doravante, o “Blogue”), os resultados de uma experiência inédita. Com o patrocínio do Centro de Estudos de Sociologia Política Aplicada (CESPA) e da Revista Índico, foram realizados dois estudos de investigação policlínica semântica, utilizando 922 entrevistas a targets-markets, e de que resultou uma estrutura discursiva logo-polissémica. Foi assim criado este Blogue para testar os resultados da analítica exposta, designadamente na captação de input e feedback de grupos tipo A de direita. Utilizando expressões típicas de grupos tipo A, reacções de input denominadas liberais e feedbacks em modo reacção do sub-tipo conservador, criou-se um ambiente simulado sistémico, aparentando uma mobilização tribal de direita. Procurou-se, com isto, transmitir a ideia de que o Blogue é efectivamente de direita, constituído por reaccionários (sub-modo perigoso e totalitarista), de género masculino. Para credibilidade da simulação foram inseminadas duas personagens de género feminino (Inês e Ana), e personagem não totalitária (Henrique Raposo). As audiências mostraram-se estáveis e o público-alvo não desenvolveu respostas contrárias. Pelo exposto, e depois da resposta positiva do modelo barnabé como experiência inversa de arquétipo dicotómico humano-animal, sugere-se a continuação da experiência, sem revelação de dados e formats ao público, sob pena de desenvolvimento de reacção adversa micótico-cerebral. Os investigadores, Ana Albergaria Sá Lopes Bernardo Sá Lopes Diogo Sá Lopes Eduardo Sá Lopes Francisco Sá Lopes Henrique Sá Lopes Jacinto Sá Lopes João Sá Lopes José Bourbon Sá Lopes Leonardo Sá Lopes Luciano Sá Lopes Luís Sá Lopes Manuel Castelo Sá Lopes Manuel Falcão Sá Lopes Nuno Sá Lopes Paulo Sá Lopes Pedro Sá Lopes Rodrigo Sá Lopes Tiago Sá Lopes Inês Sá Lopes Vasco Sá Lopes Vitor Sá Lopes João Marques Sá Lopes [The End] |
Gostaria que o tempo avançasse hoje cinco, dez, quinze anos, o que fosse preciso para uma análise completa do que O Acidental significou para mim e para a vida recente e futura do debate público em Portugal. Tal não é possível, mas não é difícil adivinhar o que dele então se dirá. Julgo que, como acontece com todos estes fenómenos seminais e passageiros (e O Acidental foi uma espécie de Sex Pistols ou David Bowie da blogosfera), serão muitos mais os que dele falarão no futuro do que os que efectivamente o foram lendo com regularidade. O dia 8 de Abril de 2006 ficará na imberbe história da blogosfera ao lado do dia 10 de Junho de 2003, o último da Coluna Infame. O fim do blog fundador do Pedro Mexia, do Pedro Lomba e do João Pereira Coutinho (que chegou a editorial de José Manuel Fernandes no Público), num tempo em que os leitores de blogs cabiam ainda num Renault Twingo, marcou, ele próprio, o fim de um tempo. Um tempo em que a Coluna e outros blogs, nascidos e crescidos em grande parte à sombra da sua influência tutelar (e muitos reunidos na mítica União dos Blogues Livres), revelaram um mundo até então subterrâneo, feito de uma nova geração que à cultura abrangente, livre e descomplexada acrescentavam o facto inusitado de se dizerem de direita. Se a Coluna foi responsável pelo choque inicial e pela definição do padrão, O Acidental foi responsável pela normalização do fenómeno. Foi no tempo d’ O Acidental que a surpresa se esfumou e o país atento a estas coisas aceitou finalmente a legitimidade da liderança da blogosfera política por parte da direita e a ascensão aos canais tradicionais da intelectualidade de pessoas formadas na tradição anglo-saxónica e não pelas importações francesas. Nisso, é certo, não estivémos sozinhos. Blogs como o Blasfémias ou O Insurgente contribuiram também decisivamente para a vitória parcial das nossas pequeninas culture wars. Mas nenhum deles suscitou as paixões, os ódios e demais urticárias suscitadas pel’ O Acidental, como outrora o fizeram a Coluna Infame e, do outro lado da barricada, o Barnabé. Tudo isto se deve, com é óbvio, ao Paulo Pinto Mascarenhas, que começou o blog sozinho. Segundo me lembro, o nome deve-se ao filme “O Turista Acidental”, de Lawrence Kasdan e protagonizado por um absorto e billmurrayiano William Hurt, obra profundamente pessimista e uma espécie de metáfora ou alegoria sobre a natureza imprevisível da vida. Por coincidência - ou talvez não -, penso que O Acidental se tornou – ou talvez não - numa coisa bastante diferente da idealizada pelo Paulo. De blog estritamente político, interessado essencialmente no combate cultural à esquerda e de tom por vezes académico, O Acidental acabou por assumir características diversas e matizes distintas. Foi ao mesmo tempo sério e galhofeiro, violento e ternurento, politicamente empenhado e individualmente livre, informado e, no seu melhor, gloriosamente diletante. Disseram-se as palavras mais acertadas e as maiores parvoíces. E teve sempre, naquela que é, a meu ver, a sua grande vantagem relativamente a outros blogs, a facilidade de se rir de si próprio e de formular as suas próprias caricaturas. É algo que se deve reconhecer. Durante estes dois anos, gozou-se muito com a esquerda, com os seus figurões e com as suas ideias mirabolantes. Mas julgo ter-se brincado ainda mais com as manias e a percepção exterior dos conservadores e liberais da direita. Mais do que a forma descomplexada de se assumir de direita, foi a forma igualmente descomplexada de ver a direita que contribuiu para a “normalização” dessa direita no espaço público. Mais do que toda a self-righteousness (como é que se diz isto em português?) dos políticos portugueses, foi a leveza desta “normalidade” que fez dos blogs a melhor coisa que aconteceu à política portuguesa nos últimos anos. No que a mim me diz respeito, digo-o pesando bem as palavras: depois dos pais e irmã que me calharam, da namorada que escolhi (e que, felizmente, me escolheu também) e de todos os bons amigos que fui fazendo, a descoberta da blogosfera foi a coisa mais importante que me aconteceu. Lembro bem o dia de 2002 em que, folheando O Independente, li uma nota do Paulo Pinto Mascarenhas anunciando a Coluna Infame como um “blog” do Pedro Mexia, do Pedro Lomba e do João Pereira Coutinho. Depois da excitação espantada, vieram as perguntas (o que raio é um blog? Quem é o Pedro Lomba?) e o vício. Dei notícia da descoberta aos meus amigos e correlegionários Fernando Albino, Diogo Henriques e João Vacas e, por impulso deste último, fizémos o No Quinto dos Impérios, a minha morada blogosférica de sempre. Para quem, como eu, despertou politica e intelectualmente com O Independente dos bons velhos tempos mas passou toda a vida fora de Lisboa, não é uma medalha qualquer conhecer o Paulo Pinto Mascarenhas e, no momento em que isso acontece, ser convidado para escrever no seu blog. O Acidental, nunca será demais dizê-lo, foi principalmente um grupo de amigos com um blog, que continuará a ser um grupo de amigos sem (este) blog. Para mim, isso é coisa de uma importância acrescida, já que, ao contrário de outros elementos, que se conheciam há muito entre si, eu conhecia previamente apenas o João Vacas, o Diogo, o Eduardo e o Nuno. E, mesmo assim, não eram amizades de longa data. O melhor que O Acidental fez por mim foi ter-me dado a oportunidade de reforçar esses laços e de fazer novos amigos naquelas que são as pessoas com quem eu mais me identifico na maioria das dimensões da vida. N’ O Acidental e fora d’ (a propósito d’) O Acidental. Tenho pena que isto acabe. Percebi os argumentos que me foram apresentados mas – que querem? – é como quem me tira um brinquedo. Existem, de facto, inúmeros projectos por onde continuar o espírito d’ O Acidental. Acredito que este não se vai perder e se irá tranformar em algo bastante melhor. Mas não me peçam para lançar os foguetes. Para um conservador, Lavoisier não é consolo que se aproveite. Um brinde a todos. Já sabem onde me encontrar. |
Acidental muito ocasional, leitor muito frequente, admirador confesso do Paulo Pinto de Mascarenhas e da equipa do Acidental que me acolheu, não vejo melhor maneira de saudar o fim, do que citar excertos do manifesto anti-dantas do grande Almada:
Pois aqui vai: BASTA PUM BASTA!UMA GERAÇÃO, QUE CONSENTE DEIXAR-SE REPRESENTAR POR UM DANTAS É UMA GERAÇÃO QUE NUNCA O FOI! É UM COIO D'INDIGENTES, D'INDIGNOS E DE CEGOS! É UMA RÊSMA DE CHARLATÃES E DE VENDIDOS, E SÓ PODE PARIR ABAIXO DE ZERO!ABAIXO A GERAÇÃO!MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS A CAVALO É UM BURRO IMPOTENTE!UMA GERAÇÃO COM UM DANTAS À PROA É UMA CANÔA UNI SECO!O DANTAS É UM CIGANO!O DANTAS É MEIO CIGANO!O DANTAS SABERÁ GRAMMÁTICA, SABERÁ SYNTAXE, SABERÁ MEDICINA, SABERÁ FAZER CEIAS P'RA CARDEAIS SABERÁ TUDO MENOS ESCREVER QUE É A ÚNICA COISA QUE ELLLE FAZ!O DANTAS PESCA TANTO DE POESIA QUE ATÉ FAZ SONETOS COM LIGAS DE DUQUEZAS!O DANTAS É UM HABILIDOSO!O DANTAS VESTE-SE MAL!O DANTAS USA CEROULAS DE MALHA!O DANTAS ESPECÚLA E INÓCULA OS CONCUBINOS!O DANTAS É DANTAS!O DANTAS É JÚLIO!MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!O DANTAS FEZ UMA SORÔR MARIANNA QUE TANTO O PODIA SER COMO A SORÔR IGNEZ OU A IGNEZ DE CASTRO, OU A LEONOR TELLES, OU O MESTRE D'AVIZ, OU A DONA CONSTANÇA, OU A NAU CATHRINETA, OU A MARIA RAPAZ!E O DANTAS TEVE CLÁQUE! E O DANTAS TEVE PALMAS! E O DANTAS AGRADECEU!O DANTAS É UM CIGANÃO!NÃO É PRECISO IR P'RÓ ROCIO P'RA SE SER UM PANTOMINEIRO, BASTA SER-SE PANTOMINEIRO!NÃO É PRECISO DISFARÇAR-SE P'RA SE SER SALTEADOR, BASTA ESCREVER COMO DANTAS! BASTA NÃO TER ESCRÚPULOS NEM MORAES, NEM ARTÍSTICOS, NEM HUMANOS! BASTA ANDAR CO'AS MODAS, CO'AS POLÍTICAS E CO'AS OPINIÕES! BASTA USAR O TAL SORRISINHO, BASTA SER MUITO DELICADO E USAR CÔCO E OLHOS MEIGOS! BASTA SER JUDAS! BASTA SER DANTAS! MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!O DANTAS NASCEU PARA PROVAR QUE, NEM TODOS OS QUE ESCREVEM SABEM ESCREVER!O DANTAS É UM AUTOMATO QUE DEITA PR'A FÓRA O QUE A GENTE JÁ SABE QUE VAE SAHIR... MAS É PRECISO DEITAR DINHEIRO!O DANTAS É UM SONETO D'ELLE-PRÓPRIO!O DANTAS EM GÉNIO NUNCA CHEGA A PÓLVORA SECCA E EM TALENTO É PIM-PAM-PUM!O DANTAS NÚ É HORROROSO!O DANTAS CHEIRA MAL DA BOCA!MORRA O DANTAS, MORRA! PIM!O DANTAS É O ESCARNEO DA CONSCIÊNCIA!SE O DANTAS É PORTUGUEZ EU QUERO SER HESPANHOL! (Manuel Falcão) |
![]() Sobre o Paulo, o Henrique já disse quase tudo. O Paulo tem envergonhado a ociosidade de muitos patriarcas desta nossa direita. Dispensa a preguiça e a sinecura e faz aquilo que todos pensámos que um dia deveria ser feito sem sabermos quem teria, quando o dia chegasse, atrevimento e coragem bastante. O Paulo tem-na e muito, e sem um pingo do pedantismo que alastra com o reconhecimento e a notoriedade, tem sido o rosto visível desse «combate cultural» de que tanta gente falava há já tanto tempo. Um muito obrigado por tudo e um grande abraço para ele. O Acidental foi um caso de sucesso nestes dois anos. Como leitor assíduo, lembro-me do FMS a escrever recensões sérias e apaixonadas sobre o Roger Scruton e o estilo (ou a ausência dele) do Engenheiro Sócrates, o RMD a fazer humor de esquerda com a incubadora, a Inês Teotónio Pereira a desancar sem pudor em feministas assanhadas, as referências do ENP com que todos aprendemos, o Henrique Raposo a desconstruir os argumentos dos desconstrucionistas nos seus parágrafos escrupulosos e asseados, o DBH e o uso desassombrado do Google Image, o Bernardo e a sua italianíssima paixão, o Jacinto Bettencourt e os advérbios de modo oportunamente colocados, o Luciano Amaral a falar com o povo sem se importar de descer do estrado, o Nuno Costa Santos a dissertar sobre a cruel promiscuidade nas relações com os livros e o Paulo a «marcar a agenda» da blogosfera durante este tempo todo, transformando uma convicção íntima num verdadeiro comunismo (calminha, oh literais iracundos) da convicção. Muitas polémicas, muito humor, muito talento. E um excelente retrato do que é hoje uma direita desempoeirada e plural. Como no Indy dos velhos tempos, O Acidental foi um blog conservador no conteúdo e libertário na forma – o que não deixou de chocar muitas alminhas, à esquerda mas sobretudo à direita, formadas na velha escola do vernáculo sensaborão, muita casca-grossa no trato e o indispensável escutismo no toutiço. Quanto a mim, vou ter saudades desta vasta conspirata direitista. Diverti-me muito e corei de orgulho no dia em que comecei a escrever por cá. Foi muito bom conhecer Os Acidentais. Uns senhores. Cheios de bom gosto e boa disposição. São daquele tipo de pessoas que acredita que a política não é a coisa mais importante do mundo: como o Paulo escreveu e eu tive a oportunidade de notar, este foi sempre um blog de amigos. Que vão deixar saudades. Os rumores acumularam-se e durante estes dois anos O Acidental ouviu de quase tudo. Entre mimos vários, chamaram-nos muitas vezes de falcões. E têm razão. Este blog gosta manifestamente de andar em guerra. Contra a paz intelectual. Um grande abraço a todos e até sempre. Foi um prazer. [Tiago Geraldo] |
Parece fácil, não é? Confesso que, no início, desconsiderei um bocadinho o fenómeno dos blogues. Pensei que era coisa de inspirados dionísicos (Rodrigo Moita de Deus), profícuos mestrandos (Henrique Raposo), fidalgos espirituosos (Diogo Belford Henriques), aguçados queirosianos (Bernardo Pires de Lima), dandies relaxados (Pedro Marques Lopes), liberais elegantes (Francisco Mendes Silva), conservadores arrojados (Eduardo Nogueira Pinto), líderes generosos (José Bourbon Ribeiro), espíritos sagazes (Vítor Cunha), graciosas inclinações (Inês), leais paladinos (Luís Goldschmidt), probas figuras (Manuel Castelo-Branco), sábios despretensiosos (Luciano Amaral), poetas geniais (Nuno Costa santos), delicadas ausências (Ana Albergaria), jovens destrezas (Tiago Geraldo), seguranças distintas (Manuel Falcão), militâncias autênticas (João Vacas), penas precisas (Leonardo Ralha) e demais ilustríssimos e ilustrados (Vasco Rato e João Marques de Almeida). O Acidental, no entanto, é também hoje uma referência de uma determinada geração e de uma determinada direita, e digno, por isso mesmo, de celebração. Este blogue, depois de trancado, ficará como registo virtual e perene de uma visão plural, versada mas espirituosa, de uma agremiação de indivíduos que, em comum, se excluem do bolorento mito abrilista de socialismo totalitário, de caducos super-egos populares, de consequentes desvios semânticos. E a sua riqueza é tanto maior quando, num panorama nacional em que temos blogues vaqueiros, blogues femininos e blogues assexuados, toda esta panóplia de temas enfadonhos foi sendo oportunamente temperada com desconcertantes ‘tarrachinhas’, debates desportivos e questiúnculas de rodapé. Que ninguém duvide, portanto: o Acidental excitou, inspirou, animou e perturbou muito boa gente, com especial incidência em minorias cerdosas que, até há muito pouco tempo, se arrogavam o exclusivo conceptual do que é direita. E no fim, o Acidental fez vencimento, provando que a direita, essa realidade viva e pujante, não se subordina a uma qualquer elenco de categorias, não vive de determinismos, não se apreende em custos e oportunidades, e, sobretudo, não aposta em classes universais ou em escatologias de inveja: a direita, esta nossa direita, é uma visão prospectiva do que aí vem - o viagra da civilização ocidental! Cumpre agora recordar que tudo isto, meus amigos, começou graças ao Paulo Pinto Mascarenhas e à sua visão muito particular e acertada. E que tudo isto continuou porque a boa cepa do criador não lhe permitiu repouso; consciente do que brotava, o Paulo arregaçou as mangas, congregou esforços, perseverou, concebeu e insistiu. O Acidental teve, na sua esfera íntima, essa particularidade única: longe das vaidades estéreis que definem a blogosfera, muitos dos acidentais escreveram precisamente porque o Paulo, subtilmente, os coagiu a tal em nome de um bem comum. E em boa hora o fez. Por este facto político, por esta fértil opinio comunis, os parabéns ao Paulo, o criador, e a todos os que por aqui passaram, de alguém que gostou muito de os ler. Até à próxima. [Jacinto Bettencourt] |
Ontem, na Trindade (um espaço cheio de referências maçónicas), havia uma mesa reservada em nome de Deus. [Tiago Geraldo] |
Toda a gente sabe que, com dois filhos ou mais, se precisas realmente de descansar, arranjas trabalho para ficar no escritório até mais tarde. [Rodrigo Moita de Deus] |
Não gosto muito de despedidas. Devido a esse facto e a um fecho de edição tão agreste que tive vontade de criar um blogue com esse nome - só não o fiz por alguém ter chegado primeiro - nem apareci na festa de encerramento. De qualquer forma, garanto a todos os camaradas que gostei de escrever ao vosso lado, agradecendo ainda aos leitores e aos comentadores. Mas o maior agradecimento, claro está, vai directo para o Paulo Pinto Mascarenhas, com quem tive e tenho o prazer de colaborar em projectos que dão gozo e muito trabalho. Sendo ele o pai deste espaço de liberdade e controlada anarquia, mais não resta do que ficar feliz pela confiança que depositou em mim ao alistar-me para a causa que foi nossa e de tantos outros. Não chegámos a destronar outros blogues de referência no "ranking" dos mais lidos, mas outros projectos virão. No que me toca, até esquecimento em contrário, ficarei pelo recém-criado Papagaio Morto. Ainda está a cheirar a tinta, não tem uma única peça de mobiliário e sabe-se lá quando haverá tempo para ir ao Ikea. Até à vista, camaradas. [Leonardo Ralha] |
Obrigado Google Image, sem ti este blog não teria sido possível. Pelo menos comigo. Volto, com o João Vacas e o Francisco Mendes da Silva, para o blog de origem onde não há liberais. Aliás, desconfio que, deste ontem à noite há muito menos gente disposta a intitular-se liberal. God bless everyone. [Diogo Belford Henriques] |
Uma direita desavergonhada [Rodrigo Moita de Deus] |
O Acidental serviu para muita coisa. Revelou, por exemplo, que, neste momento, o Paulo Pinto Mascarenhas é a Direita portuguesa. Ponto. A maioria pensa. Muito. Pois, mas o Paulo faz. E muito também. A maioria faz projectos no papel. O Paulo constrói projectos na prática. "PPM" é marca registada! O Paulo já fez mais pela existência de uma direita desempoeirada em Portugal do que os centos de deputados “de direita” que já pousaram o rabiosque na Assembleia. Um abraço para o meu amigo PPM! Serviu para mostrar que não existe “A Direita”, esse fantasma que ainda habita a cabeça de muita gente, sobretudo na cabeça dos partidos que, por acaso e por mero acaso mesmo, se sentam à direita. Muitas vezes, ouve-se a queixa: “ah, não há respeito pela direita em Portugal”. Ora, se os partidos “de direita” não têm respeito pelas palavras “direita”, “conservador”, “liberal”, etc., as outras pessoas, obviamente, também não vão revelar esse respeito. O Acidental serviu para mostrar uma direita sem vergonha. Desavergonhada, mesmo. Serviu para mostrar que existem muitas direitas. Direitas que, ainda por cima, gostam de andar à murraça. Um jovem universitário uma vez disse-me o seguinte: “sabes o que aprendi com o Acidental? Quando me tentam ofender com o eterno “mas tu és de direita”, eu respondo “pois, mas diga lá de que direita está V. a falar. É que há muitas”. Vitória. Nada acidental. Da minha parte, o Acidental serviu para fazer amigos e camaradas. E haverá sempre um “antes” e um “depois” do Acidental. Porque o Acidental não era um blog. Era uma forma de estar. Uma forma de estar que causava algum desconforto a blogs políticos (sobretudo à direita) que encaram a ideia de “blog” como o novo púlpito. Mas esta forma de estar, incompreendida por talibans do comício virtual, foi bem percebida por duas senhoras da blogosfera, a Carla e a Isabel. O meu obrigado para as duas pérolas bombásticas (ah!) da blogosfera. Porque não é um comício ou um púlpito, o Acidental acaba hoje. Até breve, [Henrique Raposo] |
Agora é que chegou a hora da despedida final. A minha mulher e as minhas três filhas chamam-me e não vou estar por aqui amanhã, o dia do fim. Por isso, peço aos meus queridos amigos acidentais que tratem do fecho com todos os cuidados, não se esquecendo de colocar os nomes d' Os Acidentais que faltam ali na coluna do lado esquerdo: a Inês Teotónio Pereira, o José Bourbon Ribeiro, o João Marques de Almeida, o Vasco Rato e o Vítor Cunha. E o último poste deveria ser assinado às 24h00 pelo Tiago Geraldo, essa minha última grande aquisição (obrigado, Pedro Lomba). Adeus e até à próxima. [PPM] |
Sim, não era preciso acabar assim com a divulgação de uma história tão delicada e que tanto agastou as nossas relações. Não tinhas nada de o fazer neste momento, ainda que não aceitasses o convite do dr. Pacheco. Mas que ficaste tentado, lá isso ficaste. E ele lá teve de ir convidar a Agustina para afogar as mágoas. [PPM] |
A festa do fim da blogosfera esteve cheia de mulheres bonitas. E os melhores blogues, os mais inteligentes e interessantes, são a cara (e não digo mais nada) de quem os escreve. É o caso da Helena Ayala Botto (espero que desta vez o nome esteja correcto), que tem tudo a ver com o Tristes Tópicos. E esta blogosfera é que não pode acabar. [PPM] |
Depois de ontem ter ouvido demasiadas perguntas e demasiadas versões sobre o tema, gostaria de deixar escrito que não me zanguei com o Paulo Mascarenhas por causa do convite que recebi para ir escrever para o Abrupto. Não me zanguei com o Paulo - e espero que o Paulo não se tenha zangado comigo - e não é certamente por causa desse convite que o Acidental acaba. É verdade que a conversa que tive com Pacheco Pereira (que, para quem não sabe, conheça há muitos anos), foi num momento conturbado, no auge da polémica com o Espectro e com a Atlântico. Transmiti a conversa ao Paulo Mascarenhas. E depois de alguns emails naturalmente acalorados, disse-lhe que compreendia o seu melindre e que por isso recusaria o convite. O assunto ficou arrumado assim, até que ontem a novela ressurgiu. Acusaram-me inclusivé de nos últimos dias ter postado algumas graçolas sobre o José Pacheco Pereira à pressa só para camuflar a suposta "falta de solidariedade" no auge da polémica. Do Paulo Mascarenhas só posso dizer bem e agradecer a hospitalidade. Da eventual "zanga" vou levâ-la como fofoca de quem não tem melhor coisa para fazer. [Rodrigo Moita de Deus] |
Quem também marcou presença na noite do fim da blogosfera, foi o Zé Diogo Quintela. É óptimo termos nas nossas festas as pessoas que mais admiramos, como é o caso. Para além de ser um fã do programa do Gato Fedorento na RTP 1 (hoje, de novo, às 21h00) sou leitor assíduo das crónicas do Quintela no Indy. O melhor é que se vê a milhas que é um tipo impecável. [PPM] |
O Rodrigo foi injusto e inexacto ali em baixo quando se referiu ao que verdadeiramente nos une. Em nome do rigor e do cavalheirismo, diga-se que, se temos tido a possibilidade de nos reunirmos no mítico Frágil, isso deve-se ao empenho e aos contactos da Carla Quevedo (bomba-inteligente.blogspot.com - não sei fazer links em Macs). Como cantava o Morrissey, "If it's not love, then it's the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb, the bomb that will bring us together". [FMS] |
O meu esquerdista preferido, o Francisco Trigo de Abreu do Mau Tempo no Canil, esteve muito bem acompanhado nesta sua incursão nocturna. Soube depois que a sua giríssima acompanhante era a Sam do belo blogue serendipity. A blogosfera é uma linda mulher. [PPM] |
A Carla Hilário Quevedo, também lá esteve, com su Zeus (a ira dos deuses pode ser terrível e eu sei que estou em falta). A Bomba é definitivamente a maior alma da blogosfera e foi uma vez mais essencial para que a festa d' O Acidental se realizasse. Só posso agradecer. Cheguei à conclusão que o blogue pode acabar mas as festas acidentais continuarão a marcar a agenda. Sempre no Frágil do Rodrigo Leão, é claro. [PPM] |
Quem também esteve em grande foi o Luís Filipe Borges, da Revolta dos Pastéis de Nata. Ele é irmão do Alexandre Borges, o homem que dá texto aos cartoons da Atlântico, que ontem falhou a convocatória. Uma família de gajos porreiros. O LFB tem de escrever na futura Atlântico Online. Só nos falta um patrocinador. [PPM] |
Para variar, os activistas LBGT estão a portar-se como umas meninas. [Rodrigo Moita de Deus] |
Ricardo Araújo Pereira esteve na festa do fim da blogosfera. Disseram-me que disse - porque infelizmente não falei com ele - que não podia deixar de ir festejar o fim d' O Acidental. Para ele, era uma festa quase tão importante como o 25 de Abril. [PPM] PS. Rodrigo, FMS, vocês não dormem? Depois contam-me como foi a continuação no Lux. E para onde foi o Eduardo? |
Hoje ainda só vi quatro ou cinco fotografias do Fernando Ulrich e seis ou sete notícias a dizer que o BPI é um Banco bestial. [Rodrigo Moita de Deus] |
Acompanha-me a casa Já não aguento mais Deposita na cama Os meus restos mortais Frágil Sinto-me frágil [Rodrigo Moita de Deus] |
Os meus CDs pirateados foram toda a noite rejeitados pelos pratos do Frágil. O Manuel Castelo Branco e os senhores da Judiciária que apontem o que eu digo: isto não fica assim. [FMS] |
O Santanismo continua vivo, pleno de energia e ululante. Felizmente, não a horas capazes de incomodar o cidadão trabalhador. E não no Frágil, se bem que em estabelecimento irmanado. O Sampaio lá sabia o que estava a fazer. [FMS] |
O Acidental deu-me amigos para a vida. Não podia pedir mais. Obrigado a todos os que me leram, a todos mesmo. Adeus e até ao meu regresso. [Pedro Marques Lopes] |
Hoje - Ir ouvir o Rui Ramos na conferência organizada pelo CDS e esperar que seja o primeiro a falar porque a partir das 11 da noite há que estar no Frágil, para a festa do fim da blogosfera. Dia 7 - Ler O Acidental, passar os olhos pelos blogues amigos, que são muitos - e não ligar a possíveis comentários insultuosos de ressentidos. Dia 8 - Assistir ao fim da blogosfera acidental. Dia 9 - Ouvir o programa Descubra as Diferenças em 90, 4 FM, uma parceria entre a Rádio Europa e a Revista Atlântico, desta vez com a presença de Rui Ramos e Luciano Amaral, para além de mim e da (i)moderação de Antonieta Lopes da Costa, a directora da Rádio. Dia 10 - Assistir ao primeiro debate organizado pela revista Atlântico em conjunto com o Centro de História Contemporânea e Relacões Internacionais e a Editora Edeline. A propósito do livro "A Ascensão ao poder de Cavaco Silva 1979-1985", de Adelino Cunha. Com moderação do jornalista José Eduardo Fialho Gouveia, a sessão tem como convidados os historiadores Rui Ramos e António Costa Pinto. Pelas 18 horas em ponto na FNAC do Chiado. Dia 11 - Começar a ler o blogue da Atlântico, nos intervalos da revista. E esperar por novas iniciativas, que não tardarão. [Paulo Pinto Mascarenhas] |
Agora que está a chegar a hora do adeus, há que prestar as devidas homenagens a todos aqueles que por aqui escreveram, das mais diversas origens políticas e pessoais, sempre com a coragem de contrariar as conotações que alguns pretenderam atribuir a este blogue. Compreendam que assinale agora quem por aqui andou e por razões pessoais ou profissionais teve de deixar de o fazer. É o caso de Vasco Rato, um liberal do PSD, mas sobretudo um grande amigo de longa data e o primeiro a partilhar comigo este espaço de liberdade. É o caso também do João Marques de Almeida, um liberal independente, mas sobretudo meu velho amigo de sempre e compadre muito estimado. É finalmente o caso da Inês Teotónio Pereira, do Vítor Cunha e do José Bourbon Ribeiro, antigos camaradas de profissão n' O Independente, amigos que ficaram e ficarão para a vida. Todos eles vão constar a partir de sábado à meia-noite, quando este blogue se finar, da lista d' Os Acidentais. Porque o merecem. Para quem ainda não o tinha percebido - e calculo que nunca perceberá -, O Acidental foi, antes de mais e de tudo o resto, um blogue de amigos. [Paulo Pinto Mascarenhas] |
É verdade, FMS, o Benfica está desde ontem fora das competições europeias. E o princípio conservador confirma-se na história do futebol português: isto só acontece muito depois de Sporting e Porto terem sido eliminados. [PPM] |
«Death or Glory, becomes just another story!» Joe Strummer, The Greatest. [Bernardo Pires de Lima] |
Perde a fidalguia novo encanto. Fica este consolado. Que é deleite mais do que suficiente imaginar-lhe a leitura do meu bilhete com o olhar agrafado às etiquetas. Que é quase volúpia imaginar-lhe a face ruborizada quando lhe sussurrei “chama-me Escamillo”. Que é sentimento certamente para além da legalidade imaginar-lhe os cuidados com a mão trémula na lavra da resposta. Bom, imaginação, dirá. Sou menino de imensa imaginação. Verdade. O que nem sempre é mau. Você sabe. Se a julguei com outro arrojo, queira perdoar-me a falta de juízo. Se pelo contrário, pequei por defeito, digo-lhe apenas que o menino é mais fácil de encontrar que o endereço de email. [Rodrigo Moita de Deus] |
«em Portugal a corrupção progride e intercepta cada vez mais níveis diversos da Administração e do aparelho do Estado», Euclides Dâmaso, director do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) [Rodrigo Moita de Deus] |
«em Portugal a corrupção progride e intercepta cada vez mais níveis diversos da Administração e do aparelho do Estado», Euclides Dâmaso, director do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) [Rodrigo Moita de Deus] |
«em Portugal a corrupção progride e intercepta cada vez mais níveis diversos da Administração e do aparelho do Estado», Euclides Dâmaso, director do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) [Rodrigo Moita de Deus] |
Uns saem, outros entram. A blogosfera é como a porta giratória do Altis mantida quente como o regaço de uma cortesã. Um abraço Francisco! [Rodrigo Moita de Deus] |
A falta de qualidade dos jornalistas portugueses vê-se é nestas coisas. A verdade é que já estamos em Abril e o país continua por saber que destino paradisíaco vai José Sócrates escolher para as férias de verão deste ano. [Rodrigo Moita de Deus] |
"El rellotge semblava que no corria fins que ha arribat el minut 88. En aquell moment el camerunès, incansable, ha robat una pilota en el mig del camp, entre Ronaldinho i Belletti han fet que la pilota tornés als seus peus i llavors Eto’o ha afusellat Moretto des de ben a prop." (in “site” do Barcelona) [Leonardo Ralha] |